Um lugar… três olhares!
O Verão de 2010 foi recheado de experiências que jamais vou esquecer!
Contudo, “Caminhos e Sorrisos” foi, sem dúvida, a mais significativa. Durante dez dias das minhas férias deixei a minha casa, a minha família, a “minha” praia, e outros pequenos luxos… para partir ao encontro das crianças dos Terraços da Ponte.
Fui inserido num grupo com um objectivo comum: estar com as crianças e proporcionar-lhes momentos especiais.
Tinha consciência de que o essencial era estar naquelas comunidades e que não seria o protagonista daquela história! O momento mais marcante foi quando ouvi o Edson, com onze anos, dizer-nos: "Vamos ter saudades vossas. Ficarão para sempre nos nossos corações.”
Prior Velho e Terraços da Ponte foram a minha “casa”: uma casa recheada de carinho, de cumplicidade, de amor, de alegria partilhada.
Trouxe a certeza que estes CAMINHOS que percorri foram construídos com muitos SORRISOS. Obrigado!
Ricardo Matias
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Foi a minha “estreia” num projecto de voluntariado!
Foram dias vividos com muita intensidade e que me exigiram mudança de atitudes e um saber estar em comunidade. Durante este projecto dei por mim a reflectir: ”Como é que estas crianças nos conseguem dar muito mais do que nós lhes conseguimos dar a elas?”
Compreendi então que a relação deles com o outro, nomeadamente com os irmãos, é bem mais valorizada do que a nossa. Para as crianças e jovens, a nossa disponibilidade e carinho foram a essência deste projecto!
Esta experiência fez-me crescer e perceber que nem todas as pessoas cabem no mundo que nós idealizamos mas que persistimos em deixá-los à margem.
Ana Matos
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Este projecto, no qual participei pela primeira vez, foi a oportunidade que eu procurava para conhecer de perto crianças que vivessem num bairro considerado problemático.
Logo comecei a pensar que as crianças iriam levar algum tempo até se habituarem à nossa presença, a pensar que iriam demonstrar desconfiança, devido ao ambiente em que vivem. Mas o antes não teve nada a ver com o depois. Logo que as crianças nos viram chegar, correram a abraçar-nos e a brincar connosco.
Apercebi-me que as crianças eram cúmplices e protectoras, nas mais diversas situações, e isso era ainda mais visível entre os irmãos! Assim, dei por mim a pensar se o mundo não seria melhor se houvesse mais lugares como aquele!
Emocionaram-me muito os momentos que partilhei com as crianças e quando vim para casa só desejei que alguém assumisse a continuidade do nosso trabalho.
Aprendi que a procura de soluções nos faz estar mais próximo dos outros.
Margarida Bastos
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