29 de setembro de 2010

TESTEMUNHOS: Caminhos e Sorrisos 2010 – Prior Velho/Terraços Da Ponte

Um lugar… três olhares!

O Verão de 2010 foi recheado de experiências que jamais vou esquecer!

Contudo, “Caminhos e Sorrisos” foi, sem dúvida, a mais significativa. Durante dez dias das minhas férias deixei a minha casa, a minha família, a “minha” praia, e outros pequenos luxos… para partir ao encontro das crianças dos Terraços da Ponte. 

Fui inserido num grupo com um objectivo comum: estar com as crianças e proporcionar-lhes momentos especiais. 
Tinha consciência de que o essencial era estar naquelas comunidades e que não seria o protagonista daquela história! O momento mais marcante foi quando ouvi o Edson, com onze anos, dizer-nos: "Vamos ter saudades vossas. Ficarão para sempre nos nossos corações.”




Prior Velho e Terraços da Ponte foram a minha “casa”: uma casa recheada de carinho, de cumplicidade, de amor, de alegria partilhada. 

Trouxe a certeza que estes CAMINHOS que percorri foram construídos com muitos SORRISOS. Obrigado! 


Ricardo Matias


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Foi a minha “estreia” num projecto de voluntariado!

Foram dias vividos com muita intensidade e que me exigiram mudança de atitudes e um saber estar em comunidade.  Durante este projecto dei por mim a reflectir: ”Como é que estas crianças nos conseguem dar muito mais do que nós lhes conseguimos dar a elas?”

Compreendi então que a relação deles com o outro, nomeadamente com os irmãos, é bem mais valorizada do que a nossa. Para as crianças e jovens, a nossa disponibilidade e carinho foram a essência deste projecto! 

Esta experiência fez-me crescer e perceber que nem todas as pessoas cabem no mundo que nós idealizamos mas que persistimos em deixá-los à margem.


Ana Matos


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Este projecto, no qual participei pela primeira vez, foi a oportunidade que eu procurava para conhecer de perto crianças que vivessem num bairro considerado problemático. 

Logo comecei a pensar que as crianças iriam levar algum tempo até se habituarem à nossa presença, a pensar que iriam demonstrar desconfiança, devido ao ambiente em que vivem. Mas o antes não teve nada a ver com o depois. Logo que as crianças nos viram chegar, correram a abraçar-nos e a brincar connosco. 

Apercebi-me que as crianças eram cúmplices e protectoras, nas mais diversas situações, e isso era ainda mais visível entre os irmãos! Assim, dei por mim a pensar se o mundo não seria melhor se houvesse mais lugares como aquele!

Emocionaram-me muito os momentos que partilhei com as crianças e quando vim para casa só desejei que alguém assumisse a continuidade do nosso trabalho. 

Aprendi que a procura de soluções nos faz estar mais próximo dos outros.


Margarida Bastos

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