27 de outubro de 2011

"Todos, tudo e sempre”… empenhados na Missão Universal

Todos

A missão universal é um desafio e um serviço para todos. Todos os povos são destinatários do anúncio do Evangelho. Todos somos chamados a ser missionários em tempos e contextos muito concretos. E a cada um que Deus chama traça uma missão específica. O Papa chama com veemência e intensidade à co-responsabilidade de todos – cada um segundo a sua vocação. “O Evangelho não é um bem exclusivo de quem o recebeu, mas constitui uma dádiva a compartilhar”. Pelo batismo, este é o compromisso de todos. Evangelizar é entregar a vida, acolher é evangelizar, é também ir ao encontro do outro. Mas cada vocação específica – sacerdócio, vida consagrada, leigos e leigas – têm formas próprias de participar no serviço da missão evangelizadora da Igreja. Ontem como hoje a Igreja convoca todos os seguidores de Jesus Cristo a levar adiante a missão evangelizadora.




Tudo

A Missão, no local onde se encontra, significa agir concretamente, participar activamente, ajudar a transformar a realidade concreta de pessoas, de grupos, de sociedades, anunciando a Boa Nova, antes de tudo pelo testemunho. Como diz S. Paulo “Ser tudo para todos, para ganhar alguns para Cristo”. A pérola mais preciosa do caminho missionário é justamente a abertura universal até aos confins do mundo. Esta abertura missionária não é, primeiramente, uma consequência da maturidade de uma comunidade cristã, mas é condição para a sua maturidade. Neste sentido, as comunidades cristãs são convidadas a abrir-se para além das suas próprias fronteiras e a terem uma responsabilidade com a missão universal. Tudo o que vem de Deus deve ser exaltado e levado a todos os povos e nações.


Sempre

É sempre tempo de missão. Somos um povo missionário. Impossível ser discípulo de Jesus sem viver a vida anunciando e proclamando a Boa Nova. A consciência da Missão cada vez mais nos questiona e alimenta a nossa vida pastoral e evangelizadora. Missão é coerência, é testemunho, é vida que se faz Vida. Missão de Jesus, missão de todos os cristãos. Este sempre impede-nos de ficarmos à margem. Somos missionários em estado permanente de missão. Cabe a cada um de nós, com a alegria que nos confere a nossa condição de discípulos missionários, continuar o caminho, concretizando e renovando a Aliança assumida, sustentados pela fidelidade ao horizonte que nos foi alargado pela escuta da Palavra. O cardeal Newman disse que «o cristão é aquele que vela por Cristo». Aqui reside a responsabilidade da nossa narrativa. Em termos de estrutura de Igreja, as narrativas serão contadas a nível diocesano, paroquial ou de base. Este velar implica a descoberta do caminho para nos lançarmos na epopeia de transformar o mundo. E isso há-de transparecer sempre nas nossas vidas.




Ana Isabel Almeida

Sem comentários: