Caminhando em direção a uma
fonte… A sede é indescritível. A vontade de a saciar incomparável… Há um
desespero silenciado nos nossos corações, despertado pelas vidas aceleradas a
que nos submetemos. Precisamos de o libertar, de o embalar, de o transformar em
algo belo!
Viajar para um pequeno lugar, na
Holanda, foi um ato de coragem, visto ter que deixar tudo para trás. Porém, o
aconchego do nosso lar foi superado pela tranquilidade que se respirava em
Steyl, local onde tudo começou. Neste tudo, inclui-se o grupo “Diálogos”. Sim,
aquele grupo de pessoas que se une em nome de Deus, motivado para fazer do
mundo a NOSSA casa, ao invés da casa de cada um, aquele grupo que se reúne, de
norte a sul de Portugal, para rezar, para descobrir novos rumos, dar umas boas
gargalhadas, para buscar mais no outro, para se realizar no outro. A verdade é
que sem santo Arnaldo, dificilmente nos teríamos conhecido, dificilmente
teríamos uma boa fonte que nos desse a força que precisamos para percorrermos o
caminho mais acertado, dificilmente seríamos membros tão ativos nas comunidades
a que pertencemos. A nossa viagem veio comprovar isso mesmo, uma vez que vimos
e sentimos o percurso de um homem bom, de horizontes largos, e uma mão cheia de
ponderação; vimos e percorremos os caminhos que o inspiraram, e que agora nos
inspiram a fazer mais e melhor.
Ir até Steyl foi encontrar-me,
encontrar-te, encontrar-nos, no verdadeiro espírito verbita, num amor genuíno a
Deus, capaz de cativar qualquer um. Ir até Steyl foi conhecer e tocar naqueles
que diariamente rezam por nós, que dia após dia vivem centrados na comunhão
connosco, mesmo que de longe. Foi também testar os limites das nossas emoções,
ao longo de cinco dias intensos, mergulhados no essencial, afastados das
futilidades mundanas, que tantas vezes tomam conta de nós, por estarmos pouco
focados no que realmente importa.
Por
fim, ir até Steyl foi tornar possível o encontro com o desconhecido, doando-nos
inteiramente pelas causas propostas e recebendo, mesmo sem pedir ou notar,
exemplos de vida que serão um desafio para os caminhos da missão e para cada um
de nós. Sem sombra de dúvida, que aqueles que passam por Steyl nunca vão sós,
deixam um pouco de si, e trazem um pouco de Steyl!
Raquel Rocha
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