Neste novo tempo problemático de situação pandémica, habituamo-nos aos necessários intervalos de segurança entre as pessoas, quer seja na fila do supermercado, quer num simples passeio na rua. É curioso observar os arruamentos nesta altura, mesmo ainda longe as pessoas alteram a sua direção para passarem mais ao largo umas das outras. Num ápice deixamos de ser os bons samaritanos.
Este é o novo normal e não agir em conformidade remete-nos para um olhar de condenação por parte da sociedade. As máscaras passaram a tapar-nos o rosto e a modular-nos a voz, criando obstáculos de afetividade e de comunicação, isolando ainda mais as pessoas mais fragilizadas e marginalizadas. Evidenciaram-se as adversidades sociais como a fome e o desemprego. Novas dúvidas e incertezas se levantaram.