29 de maio de 2021

Ser Missão #13

Neste novo tempo problemático de situação pandémica, habituamo-nos aos necessários intervalos de segurança entre as pessoas, quer seja na fila do supermercado, quer num simples passeio na rua. É curioso observar os arruamentos nesta altura, mesmo ainda longe as pessoas alteram a sua direção para passarem mais ao largo umas das outras. Num ápice deixamos de ser os bons samaritanos.

Isto, faz-nos recordar os sinais, mais frequentes, nas auto-estradas para verificarmos a distância de segurança e que consoante o traçado da estrada nos aconselhavam a manter uma ou duas marcas de segurança, marcadas a amarelo na faixa de rodagem com um “V” invertido.

Este é o novo normal e não agir em conformidade remete-nos para um olhar de condenação por parte da sociedade. As máscaras passaram a tapar-nos o rosto e a modular-nos a voz, criando obstáculos de afetividade e de comunicação, isolando ainda mais as pessoas mais fragilizadas e marginalizadas. Evidenciaram-se as adversidades sociais como a fome e o desemprego. Novas dúvidas e incertezas se levantaram.

Perante este contexto de crise, estamos conscientes pela fé que não é a altura para protelar ou suspender a vida, mas é o tempo de Deus. Um período favorável para voltar a descobrir a alegria e a esperança. Um novo compromisso com a vida. Nós cristãos, que através do nosso batismo fomos enviados em missão, temos a responsabilidade de mostrar este sinal de compromisso. Agora que se começa a vislumbrar uma luz ao fundo do túnel, com as devidas cautelas, devemos ser um sinal de esperança, o rosto próximo e visível da igreja. Como referia o Papa Francisco a propósito do dia Mundial das Missões de 2018 “estamos na terra para ser missão”


J. Pereira

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