Os meus horizontes sempre foram largos, muito largos. Nasci em Moçambique e habituei-me a ver a imensidão do espaço com uma luz mais brilhante do que o azul intenso que agora me ilumina.
Que toque terá Deus prodigalizado para haver no mundo tantas diferenças? Por que razão há ricos e pobres? E guerras? E solidão angustiante, próxima da morte? Serão desígnios?
A minha Missão é esta: corresponder ao apelo de quem conhece a realidade do País e nos sugere ações de acompanhamento e mitigação das asperezas da vida de muitos infelizes espalhados por essas terras de ninguém, quantas vezes em sofrimento!
Serei egoísta por receber mais do que dou?
O confinamento e as precauções que ele determinou provocaram a ausência da nossa Missão de voluntariado, o que nos transporta para uma sensação de vazio que urge preencher rapidamente. Preciso novamente de sentir o coração aberto ao próximo e a inefável sensação de ver a felicidade que o nosso modesto trabalho consegue transmitir.
Virgínia Pinto
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