A luz primaveril, num azul sublime de saudade e reencontros, envolveu-nos num ambiente missionário, em Fátima, com uma grande quantidade de Amigos dos Verbo Divino, inseridos na comemoração dos 60 anos ao serviço da Missão da Congregação do Verbo Divino, em Portugal.
Os Verbitas, Irmãs Missionárias Servas do Espírito Santo e leigos amigos demonstraram, com afecto e muito trabalho, que ser missionário é saber partir de nós para regressar depois no coração do outro, ainda que passados muitos anos, no olhar daquele menino africano ou asiático, ou no sorriso daquela mulher angolana com quem partilhámos a nossa fé em Jesus Cristo.
Foi na Capelinha, que o terço rezado em mais de cinco línguas, reavivou em nós a convicção de que a missão é bem universal, tal como se encontra na constituição desta família missionária fundada por S. Arnaldo Janssen.
A alegria espontânea vinda de África contagiou o espírito de todos aqueles que participavam na Missa de domingo presidida por D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima. Os missionários que outrora partiram de si reviveram a sua juventude e o sentido da sua missão na face daqueles jovens que cantavam o amor de Jesus por entre as colunas do templo de Fátima.
Fomos interpelados, e queremos dizer o nosso sim à continuidade da nossa missão nos mais diversos contextos da nossa vida. O Senhor nos envia “a sermos mensageiros do Evangelho; construtores da paz e da justiça; testemunhas do Reino de Deus.”
No meio da diversidade cultural sentimos que um fio condutor nos unia e impelia a dar mais um passo, a derrubar muros, a sentirmo-nos num cenáculo de olhares postos no Senhor da Vida e da Missão. Estes encontros são geradores de proximidades, mas também de grandes desafios. Isso, por vezes, incomoda-nos, pois significa varrer preconceitos e deixarmo-nos transformar, quiçá virar do avesso!
S. Mendes
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