Ser Missão #7

Muitas vezes, o desejo de fazer algo para disseminar a Palavra de Deus surge no nosso coração. Mas como saber de que forma podemos atender a esse chamado do Senhor? Afinal, há várias maneiras de servi-Lo sendo atuante na igreja, inserido em alguma Pastoral: catequese, fazendo voluntariado missionário, colaborando em obras sociais…

A questão é que, na verdade, a escolha nunca é nossa, somos escolhidos por Deus.

Ser missionário é abrir-se a um compromisso de despojamento em prol da obra do Senhor. É dividir o tempo com quem mais precisa, através de uma palavra ou prestar algum auxílio.

É preciso amar a Deus, amar a Igreja e ter tido um encontro pessoal com Ele, pois não podemos oferecer aquilo que não temos dentro de nós. É preciso estar atento à voz de Deus e ao seu chamamento. Muitas vezes, com as tribulações do dia a dia, não conseguimos escutá-la e acabamos não entendendo a nossa vocação. Por isso, é necessário focar-se na oração, aproximar-se de Deus, através da eucaristia, fazer diariamente a leitura e meditação da Palavra.

A partir da FÉ saberemos o caminho a seguir, o caminho que Deus projeta para nós.

Estou muito grata a Deus por me ter escolhido e me dar forças para a missão que me confiou.

Cristina Gonçalves

Ser Missão #6

Quando ouvimos falar em missão ou missionários lembramo-nos logo que temos de sair do 

nosso país e fazer voluntariado, por uns meses, por uns anos… Contudo, todos sabemos que a premissa de um bom missionário é começar a fazer missão na sua própria casa, junto dos seus.

Mas isto é suficiente? Somos nós verdadeiros missionários só porque  fazemos um ou outro projeto de voluntariado cá ou Ad gentes?

O verdadeiro missionário é aquele que deixa a sua casa, a sua terra e vai para onde Deus o enviar. E quem de nós é capaz de tal? De se colocar inteiramente à disposição de Deus e partir para o desconhecido pois sente que Deus o chama? Que, naquele momento, aquele é o seu caminho? Podemos conhecer uma ou outra pessoa que se encaixa neste “perfil”...mas sabemos que isso implica percorrer um caminho exigente.

Sofrer e morrer por todos nós é, sem dúvida, a maior missão de todos os tempos e o exemplo do maior missionário - JESUS.

Carina Silva

Ser Missão #5

Missionário 
Intimidade  
Saber          
Sabedoria   
Amor           
Obrigado     

“Hoje, que a Igreja deseja viver uma profunda renovação missionária, há uma forma de pregação que nos compete a todos como tarefa diária; é cada um levar o evangelho às pessoas com quem se encontra, tanto os mais íntimos como os mais desconhecidos.” 

Evangelii Gaudium Papa Francisco

Ser missionário é ser capaz de sair de si mesmo e ir ao encontro do outro, escutá-lo, partilhar experiências, ajudá-lo a entrar em intimidade com Deus.

Saber escutar um Deus que nos fala no silêncio do nosso coração que, muitas vezes, com o barulho do nosso dia a dia não conseguimos ouvi-lo.

É preciso sabedoria para encontrar no rosto de cada irmão um Deus que nos ama sem limites.

Nesta sociedade em que vivemos com tantas incertezas, medos, receios de um inimigo invisível (Covid 19), ter Deus como nosso companheiro de jornada é uma graça que nos dá coragem e esperança num amanhã melhor.

Obrigado por estares presente na missão que me confiaste.

                                                                             Augusto Ribeiro

Ser Missão #4

Passa o tempo, passa o tempo…e chega novamente o dia 19 de março, Dia do Pai. Nunca valorizei esta data mas, presentemente, custa-me imenso viver este dia, porque não o tenho comigo da forma que queria ter. Como é difícil e triste este dia! É difícil ver a palavra PAI estampada em todo o lado, em cada objeto teu. É triste ver o dia chegar e, com ele, a saudade de dizer “Feliz Dia Pai”. A saudade existe sempre, mas neste dia surge com mais intensidade.

Se fosse possível ouvir a tua voz pedia-te para me dizeres a tua habitual recomendação: “porta-te bem, rapariga”.

Nenhum abraço, nenhuma palavra terão o mesmo valor. Eu daria tudo para te ter ao pé de mim. Não costumavas dizer que eu era a tua princesa, ou que era a menina do papá, mas não era preciso, bastava olhar para os teus olhos.

Nenhum homem consegue amar uma mulher como um pai ama uma filha. Sei que são formas de amar diferentes, mas cuidar e valorizar são caraterísticas bem evidentes num pai. É por isso que a minha vontade é dizer a todos, que têm a sorte de ter um pai, que eles são uma bênção e um orgulho na nossa vida.

Aproveitem cada momento, sentindo o calor dos seus abraços, a ternura dos seus olhares.

Ana Rita Castro

O que significa a Eucaristia na minha vida?

Celebra-se hoje a Quinta-feira Santa. Neste dia, Jesus instituiu dois sacramentos: a Ordem Sacerdotal e a Eucaristia. A Eucaristia é então a celebração da Última Ceia, em que Jesus disse aos apóstolos "Tomai e comei, isto é o Meu corpo; tomai e bebei, este é o Meu sangue", na véspera da paixão e morte na cruz. É habitual, nesta Eucaristia, a realização da cerimónia do lava pés a doze pessoas em representação dos apóstolos, repetindo desta forma a gesto de Jesus, num sinal de humildade e serviço. Este ano, devido à pandemia, esta cerimónia do lava pés não será realizada na várias Eucaristias que se realizar-se-ão no país.

Publicamos aqui um pequeno vídeo elaborado pelo grupo Diálogos no âmbito de uma outra iniciativa mas que se encaixa perfeitamente no dia de hoje com o tema "o que significa a Eucaristia na minha vida?".

Ser Missão #3

A partir do momento em que somos batizados iniciamos a nossa missão de cristãos, amadurecendo aos poucos a nossa espiritualidade cristã. Caminhamos como irmãos, unindo-nos uns aos outros através da oração, partilha e entreajuda, como se fôssemos riachos em direção ao grande oceano, que é Deus. Mesmo tendo muitas pedras ao longo do caminho, Deus está sempre na imensidão do oceano à nossa espera.

Adérito Guimarães

Ser Missão #2

Desafiada a partilhar sobre a temática “Ser missão”, e coincidindo com o dia de São José, parece-me apropriado, baseada na carta apostólica Patris Corde, do Papa Francisco, apresentar a figura de São José. Apesar de estar sempre presente no presépio pouco se fala dele e, quando se fala, é sempre na 3ª pessoa, Pai de Jesus. Mas afinal quem é José, o pai terreno de Jesus?

Ao proclamar o Ano de São José, o Papa Francisco diz: “Todos podem encontrar em São José – o homem que passa despercebido, o homem da presença quotidiana discreta e escondida – um intercessor, um amparo e um guia nos momentos de dificuldade. São José lembra-nos que todos aqueles que estão, aparentemente, escondidos ou em segundo plano, têm um protagonismo sem paralelo na história da salvação.”

De facto, São José é narrado nos evangelhos como um homem que não lhe conhecemos palavras, mas sonhos e obras.

Os sete traços sobre a paternidade de José, apresentados pelo Papa Francisco, têm de ser inspiradores para a nossa vida: Pai amado, Pai de ternura, Pai na obediência, Pai no acolhimento, Pai com coragem criativa, Pai trabalhador e Pai na sombra.

Ao refletir sobre estes traços, deixem-me partilhar convosco como a Missão de Ser Pai no Acolhimento me marcou para sempre. Em 2007, parti, através do grupo Diálogos, para uma missão em Angola, mais especificamente para Tomboco. Com apenas 21 anos, experienciei a força que pode ter em nós o acolhimento, através do Pe. Gustavo Villavicencio SVD. O Pe. Gustavo acolheu-me como um Pai que acolhe uma filha, serenou o meu coração, através das suas serenatas, ao luar, e mostrou-me, com o seu exemplo que através do acolhimento podemos chegar aos corações dos mais frágeis. A vida do Pe. Gustavo era um convite a receber os outros, sem exclusão, tal como são, reservando uma predileção especial pelos mais frágeis.

Ana Isabel Almeida

Ser Missão #1

 Em tempos diferentes, respostas diferentes…

O grupo Diálogos vai partilhar, semanalmente, durante os próximos meses, algumas memórias, pensamentos ou reflexões inspirados na espiritualidade dos Missionários do Verbo Divino. Perante a ausência de contactos com os mais vulneráveis da nossa sociedade, habitualmente vivida pelos elementos do grupo Diálogos nos momentos de dinamização missionária, tentar-se-á reinventar a missão, construindo “outras pontes”, através destas partilhas nos meios digitais. Oportunidade para transformar e nos transformarmos!

 

Viver comprometido na Missão.

Sente-se que a sociedade tem uma enorme dificuldade em assumir compromissos sérios.
Muitas vezes fica a nítida sensação que assumir um compromisso é perder a liberdade de

fazer escolhas inesperadas. Viver o compromisso missionário não significa ter uma disponibilidade total, de quem nada tem para fazer, mas assumir um SIM para a Missão, ser instrumento de Deus na resposta ao grito do outro. Um serviço que não pode acontecer só, num segundo plano da nossa vida, ou somente quando não temos nada para fazer, pois a

Campanha “Juntos por Cabo Delgado”

 Nota de imprensa Campanha “Juntos por Cabo Delgado” do Centro Missionário da Arquidiocese de Braga

1. A Arquidiocese de Braga, através do Centro Missionário Arquidiocesano de Braga -

CMAB*, juntamente com as organizações parceiras – Cáritas Portuguesa, Fashion Education One Work, Infância Missionária de Balasar, LIAM, Leigos Boa Nova, Associação Regina Mundi, Missionários Combonianos, Missionários do Espírito Santo, Missão (A)mares, Mosaico, Mundo Posible, O melhor de nós, Província Portuguesa dos Sacerdotes do Coração de Jesus - Dehonianos, Rosto Solidário e Sociedade Missionária da Boa Nova – lançaram em setembro em Portugal a campanha solidária “Juntos por Cabo Delgado”, em parceria com a Diocese de Pemba (que corresponde geograficamente à Província de Cabo Delgado). Esta campanha tem como objetivo apoiar cerca de meio milhão de pessoas deslocadas que fogem das suas aldeias que estão a ser atacadas por um grupo sem rosto que semeia o terror, matando e queimando. Esses deslocados chegam a Pemba (capital da Província) e a outros locais sem o essencial para viverem e estão a ser apoiados pela Diocese de Pemba através da Cáritas Diocesana de Pemba. 

A luz deste Natal

Se 2020 foi um ano diferente, também a preparação para o Natal foi vivida nessa diferença. No tempo de Advento reinventamos estratégias para caminharmos fisicamente afastados, mas com um coração presente no mesmo caminho de luz e esperança num Deus Menino que sempre caminhou connosco nestes tempos tão difíceis. 

Sempre se ouvia dizer que seria um Natal diferente…que nem ia parecer Natal. As ruas iluminadas, a azáfama das compras, as ruas cheias de gente e de música estiveram praticamente vazias, escuras, silenciosas. Mas será que podemos resumir o Natal a isto? 

Reconheço que também não me pareceu Natal, e não estou habituada a grandes festejos, a grandes compras, a grandes mesas. Não me pareceu Natal porque este ano não vi alegria nas pessoas, a generosidade, que nestas alturas as pessoas demonstram, esteve bem mais ausente, os sorrisos estiveram tapados pelas máscaras, os abraços “prisioneiros” da pandemia. Tudo foi vivido de forma diferente! Mas o Natal não é cuidar dos outros? 

Que o verdadeiro sentido do nascimento do Menino Jesus não se tenha dispersado e que tenha estado presente em casa família. Que cada um tenha tirado um pouquinho deste dia para agradecer o Natal que, apesar de tudo, pudemos celebrar. 

O AMOR REPARTE

         A caminhada foi longa…mas desde o início, o nosso coração já estava em Cabo Delgado!

Muitos rostos nos acompanharam…envolveram…fortaleceram, porque Deus tem sede do nosso desejo de comunhão e partilha.

Cada garrafa adquiriu uma identidade. A solidariedade conquistou um espaço.

Tínhamos uma missão específica: devolver a dignidade às pessoas que se encontram num campo de refugiados.

Continuamos habitados por muitas interpelações…mas todas nos levam a cuidar dos outros.

O SIM de Maria mudou a história da Humanidade. O nosso SIM a este projeto mudou a vida de muitos refugiados!

“O Senhor está contigo”

No âmbito da construção do presépio inclusivo na Basílica de São Pedro, inspirado na carta encíclica “Fratteli Tutti”, foram elaborados propositadamente quatro textos (um para cada domingo do Advento) que foram lidos no final da Eucaristia. 

Texto do 4º Domingo do Advento

O SIM de Maria mudou a história da Humanidade. A presença do Senhor na nossa vida

muda os itinerários dos nossos caminhos! 

Quando colocamos o coração onde queremos chegar, o Natal não é uma data, mas uma amorosa presença e uma proposta. 

Um só caminho! Diversos atalhos! Vários rostos deram forma, conteúdo e sentido ao nosso peregrinar ao longo deste Advento. 

Rostos, que nos acompanharam até Cabo Delgado, onde vimos morte, destruição, impunidade! 

Rostos, que nos acompanharam aos lares de idosos, onde vimos sofrimento, solidão, tristeza, esquecimento! 

“Veio para dar testemunho da luz”

No âmbito da construção do presépio inclusivo na Basílica de São Pedro, inspirado na carta encíclica “Fratteli Tutti”, foram elaborados propositadamente quatro textos (um para cada domingo do Advento) que foram lidos no final da Eucaristia. 

Texto do 3º Domingo do Advento

Aceitemos a interpelação “vivei sempre alegres, exultai de alegria em Deus”, para sermos a

sua voz a ecoar no mundo.

 “Veio para dar testemunho da luz”

 Cerca de 260 milhões de cristãos foram “severamente perseguidos” em todo o mundo em 2019, mais 15 milhões em relação ao ano anterior, de acordo com um relatório da organização não governamental (ONG) Open Doors.

“Preparai o caminho do Senhor”

 No âmbito da construção do presépio inclusivo na Basílica de São Pedro, inspirado na carta encíclica “Fratteli Tutti”, foram elaborados propositadamente quatro textos (um para cada domingo do Advento) que foram lidos no final da Eucaristia.

Texto do 2º Domingo do Advento

 “Preparai o caminho do Senhor”, é o desafio deste segundo domingo de Advento.

Com todos! Para todos!

Este caminho implica cuidar…acolher…recordar rostos…ainda que envelhecidos pelo tempo, pelos desgostos, pela solidão, pela doença, pela nossa indiferença.

Somos o país que menos nos preocupamos com os idosos!

Preocupamo-nos em arranjar ”depósitos” para eles e depois construímos muros intransponíveis à sua volta!

Por onde andamos? Como podemos preparar o caminho do Senhor se os rostos dos idosos não nos inquietam, não nos interpelam?

O que está a acontecer à nossa casa?

No âmbito da construção do presépio inclusivo na Basílica de São Pedro, inspirado na carta encíclica “Fratteli Tutti”, foram elaborados propositadamente quatro textos (um para cada domingo do Advento) que foram lidos no final da Eucaristia.

Texto do 1º Domingo do Advento

O tempo do Advento é para toda a Igreja o momento de mergulhar na liturgia e fazer um novo caminho.

Estamos conscientes que os caminhos são sinuosos, difíceis…mas cheios de esperança no encontro com o Deus Menino.